Após o discurso “hawkish” da Reserva Federal (Fed) esta quarta-feira conhecido, os investidores voltaram às ações de “pé atrás”. A sessão foi marcada por volatilidade e a maioria dos principais índices em Wall Street terminaram a sessão em terreno negativo, numa altura em que as ações ainda recuperam de uma queda provocada pelas palavras do presidente do banco central.
O susto da última sessão foi entretanto aliviado e os “traders” estiveram a reestruturar as expetativas para a política monetária em 2025, em que se esperam apenas dois cortes de juros, menos dois do que o previsto em setembro.
A maior economia do mundo continua resiliente, com o PIB do último trimestre a fixar-se nos 3,3%, e a inflação longe da meta de 2%. Os investidores continuam a comprar na “defensiva” e, segundo os analistas consultados pela Bloomberg, se não houver algum alívio no mercado de juros, “poderá não haver um ‘rally’ de Natal este ano”.
Apesar de ter chegado a somar 1,1%, o S&P 500 perdeu 0,09% para 5.867,07 pontos e o Nasdaq Composite caiu 0,1% para 19.372,77 pontos. Em contraciclo, o industrial Dow Jones avançou ligeiros 0,04% para 42.342,24 pontos.
Entre os principais movimentos, as ações da maior fabricante de semicondutores para computador dos EUA, a Micron Technology, mergulharam perto de 17% e registaram a maior queda em mais de quatro anos. A queda deu-se devido a uma perspetiva de vendas mais lenta em 2025 por parte da gigante norte-americana.
Os grandes nomes da tecnologia – exceto a Tesla, que caiu perto de 1% – estão a ser usados como uma aposta em ativos mais seguros, disse Matt Maley, estratega da Miller Tabak. Por exemplo, a Nvidia subiu 2% e a Amazon 1,25%.