Não correu da forma desejada o ataque de Ricardo Hilário ao título intercontinental de peso mosca. Este sábado, em Abu Dhabi, no ‘co-main event’ do K1 Pro Night, o português foi derrotado por Mohammed Touizi, numa luta na qual se apresentou menos ‘ligado’ do que o normal, o que acabou por fazer a diferença.
“Há dias assim. Não correu bem como nós queríamos. Ainda não vi o combate, mas de certeza que não foi tão mau como sinto que foi. Tenho que ver com calma e ver exatamente como é que correu. Faltou cabeça, um bocado. Fiquei frustrado com o agarrar, a perna, com o ‘clinch’, senti que não estava a conseguir as coisas que queria. E depois a partir daí foi piorando. Faltaram também os low kicks, faltou chutar um bocado. Só nos últimos dois assaltos é que me voltei a ‘lembrar’. Mas faz parte”, comentou o lutador de 22 anos, que agora aponta a dar já a volta em breve.
“É continuar a treinar e haverá mais oportunidades! Com 22 anos ainda me falta muita coisa para fazer, muita coisa para conquistar. Era bom conquistar já ontem, mas pronto, faz parte. São coisas que vão continuar a acontecer, agora é continuar a treinar e olhar para o futuro. E ele trará coisa boa, muitas coisas boas, com certeza. Mas agora é acabar o ano, descansar e recuperar. E em 2025 logo se vê, mas serão coisas boas de certeza”, acrescentou o kickboxer da KO Team, que em Abu Dhabi contou com o apoio de João Diogo, o técnico que o acompanha desde que começou no kickboxing, há já dez anos, e que ontem foi responsável também por dar um pequeno ‘abanão’ na entrada do último round.
“É sempre bom tê-lo comigo. Isso faz parte, tem de ser. É habitual. Tem de ser assim, para puxar por nós”. E resultou, tanto que nesse último assalto Ricardo Hilário surgiu mais ‘vivo’. “Por isso é que ele o faz, porque resulta. Não é só porque lhe apetece. É porque tem resultados. E tem de ser assim”.