Quando António Costa deu, esta quinta-feira, início aos trabalhos da primeira reunião a que presidiu no Conselho Europeu já tinha do seu lado um importante e raro trunfo: o acordo garantido dos Estados-membros sobre as conclusões a apresentar. A saber, um apelo à intensificação dos esforços para reforçar a ajuda à Ucrânia. É a Europa, com novos protagonistas, a afinar o foco e a fazer questão de passar a mensagem. As migrações, a situação no Médio Oriente ou o papel da Europa no mundo (com Trump a regressar ao palco internacional) são temas que sobraram da agenda que Costa apelida de “discussão estratégica”, como reporta Susana Frexes a partir de Bruxelas. São assuntos que, tal como a Ucrânia, obrigam a uma importante reflexão. Fazem parte da lista dos desafios europeus a que se podem juntar as crises políticas em França e na Alemanha, os números da economia em queda e a falta de resposta adequada perante os efeitos das ações climáticas. Unir ou aproximar os protagonistas nestas agendas essenciais, para lá da questão da Ucrânia, é bem mais complexo mas fundamental para medir o impacto de uma liderança.