“Estamos a falar de 71 circuitos diários durante os dias 26, 27 e 28 de dezembro, que a câmara terá de gerir entre os três turnos”, afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), Nuno Almeida, acrescentando que vão estar ao serviço 167 trabalhadores no âmbito dos serviços mínimos decretados.
Em declarações à agência Lusa, o dirigente sindical indicou que a decisão de decretar serviços mínimos para a greve dos trabalhadores da higiene urbana em Lisboa, convocada entre o Natal e o Ano Novo, foi tomada pelo colégio arbitral da Direção-Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP), referindo que este órgão “deu provimento às pretensões da câmara de terem serviços máximos”.
Nuno Almeida indicou que os 71 circuitos diários representam “cerca de 35%” do trabalho num dia normal, em que se realizam mais de 200 circuitos de recolha de lixo na cidade Lisboa.
A proposta do STML para serviços mínimos era de 20 circuitos diários, o que implicaria ter cerca de 60 trabalhadores, com três por circuito.
Considerando que esta decisão “é uma profunda limitação ao direito à greve” e é “desproporcionado o nível de serviços mínimos decretados”, o STML vai “contestar nos órgãos judiciais apropriados para o efeito”, uma vez que a decisão é passível de recurso.
Em causa está a greve geral dos trabalhadores da higiene urbana em Lisboa, convocada para 26 e 27 de dezembro, assim como a greve ao trabalho extraordinário, entre o dia de Natal e a véspera de Ano Novo.