O antigo líder do CDS-PP defendeu, esta semana, nos Açores, que a região continua a ser um “tesouro estratégico” e que é pelo arquipélago que “passa a relação de Portugal e da Europa com os EUA”.
“Sim há uma deslocação do mundo para o Pacífico, mas não é verdade que o Atlântico tenha perdido toda a sua relevância, antes pelo contrário. E eu continuo a acreditar que os EUA e a Europa têm de se entender se não querem perder todos ao mesmo tempo. E alguém está a olhar”, disse, referindo-se ao presidente da Rússia.
“O que permitiu ao Vladimir Putin invadir a Ucrânia foi ter a certeza que a Europa não tinha Defesa”, fundamentou.
Durante o encontro com vários empresários locais, na cidade de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, o ex-ministro da Defesa também salientou a importância de investir no setor privado “porque isso torna a sociedade açoriana mais independente dos governos e das mudanças de governo”. “Torna a despesa mais controlada e, portanto, o endividamento não cresce tanto”, notou.
Antes de concluir a sua intervenção no evento, Paulo Portas lembrou que turismo deve continuar a ser uma aposta na região, sem descurar o contributo da imigração. “Tomem cuidado com esses políticos que acham que se berrarem mais alto e gritarem mais alto têm mais votos porque o colapso económico de medidas dessa natureza é gravíssimo”, atirou.
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