Oito pessoas detidas e armas e munições apreendidas é o resultado de uma investigação da Guarda Nacional Republicana (GNR) que decorria desde o início do ano, em Mangualde e na Figueira da Foz. Os detidos são seis homens, entre os 35 e 72 anos, e duas mulheres, de 29 e 63 anos.
Tudo começou depois de ter chegado à autoridade um vídeo onde um indivíduo ameaçava outro com uma arma de fogo. Em causa, um relacionamento amoroso entre elementos da mesma família.
“No início de 2024, tivemos acesso a filmagens e nessas imagens mostrava um indivíduo a empenhar uma arma de fogo e a fazer ameaças a outro indivíduo”, começou por explicar ao Jornal do Centro o adjunto do comandante do destacamento territorial de Mangualde, alferes Pereira.
Segundo o militar, com as investigações foi possível apurar “que o indivíduo que aparecia no vídeo teve um caso com a mulher de outro indivíduo e foi forçado, tanto ele como os pais, a ir viver para a Figueira da Foz”, o que obrigou a autoridade a alargar o perímetro de investigação e buscas.
No decorrer das diligências, a GNR chegou a ter que intervir em alguns desacatos que eram provocados pelos suspeitos sempre que o elemento que residia na Figueira da Foz se deslocava a Mangualde.
Além disso, “foi possível perceber que poderia estar a investigar-se um caso de posse de armas ilegais e com a ajuda do Ministério Público foram promovidos os mandados de buscas”, esclareceu ainda o militar.
Ao todo, e no âmbito da investigação pelos crimes de ameaças e posse de armas ilegais, a GNR deu cumprimento esta segunda-feira (17 de dezembro) a 13 mandados de busca domiciliária e 10 buscas não domiciliárias (em veículos).
“Foi apreendido diverso material, nomeadamente cinco armas de fogo de calibre 6,35; uma carabina; um revólver de alarme; duas pressões de ar; duas réplicas de arma de fogo; 181 munições de diversos calibres; um objeto transformado com o objetivo de servir como arma de agressão (moca); e uma faca borboleta”.
Os detidos foram constituídos arguidos, sujeitos a Termo de Identidade e Residência e os factos comunicados ao Tribunal Judicial de Mangualde.
Esta ação, levada a cabo pelo comando territorial de Viseu, através do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Mangualde, contou com o reforço de militares das várias valências do comando territorial de Viseu, do comando territorial de Coimbra e da Unidade de Intervenção (UI) da GNR e de elementos da Polícia de Segurança Pública da Figueira da Foz.