Em comunicado, a entidade adiantou que a mais recente previsão ficou concluída em 27 de novembro, uma semana antes da moção de censura que ditou a ‘queda’ do Governo de Michel Barnier, em 05 de dezembro.
Os cálculos têm em conta “as incertezas internas”, mas também as “elevadas incertezas geopolíticas”, com reflexos no comércio internacional, apesar de não incluírem ainda “o risco de tensões comerciais” com os Estados Unidos, em caso de imposição de tarifas, porque os “efeitos são difíceis de quantificar”.
O organismo também reviu em baixa o crescimento económico projetado para 2026, de 1,5% para 1,3%, e estimou a mesma percentagem para 2027.
Quanto a 2024, o Banco de França manteve a previsão de 1,1% de crescimento, face ao desempenho do comércio internacional e do impacto neutro do quarto trimestre na economia.
À espera de uma “saída da inflação sem recessão”, a entidade avisou que a recuperação económica vai ser adiada para 2026 e 2027.
O Banco de França estima uma inflação de 2,4% para este ano, antes de cair gradualmente para percentagens inferiores a 2%, face à queda dos preços nos alimentos, na energia e nos bens produzidos, embora mais lenta do que a dos preços dos serviços.
Já o desemprego vai aumentar ligeiramente em 2025 e em 2026, mas sem atingir os 8%, antes de voltar a descer nos anos seguintes, em consequência da recuperação económica, projetou o organismo.