O Atlético Madrid tem menos 19 golos marcados que o Barcelona na presente edição da Liga espanhola e seis das 11 vitórias que soma na prova foram alcançadas pela margem mínima. Neste domingo, os “colchoneros” somaram mais uma nesses moldes, um 1-0 diante do Getafe (golo de Alexander Sorloth, aos 69′) que lhes permitiu igualar os catalães na liderança da classificação. Com um bónus: é que têm um jogo a menos.
O desporto de alta competição é muitas vezes uma montanha-russa e o Atlético está aí para o provar. Quem diria que, depois daquele mês de Outubro em que conseguiu apenas uma vitória em cinco jogos (esse ciclo incluiu uma derrota no Estádio da Luz, diante do Benfica, por 4-0), a equipa madrilenha conseguiria reerguer-se tão rapidamente?
A verdade é que, sem comprometer o ideário de Diego Simeone (um futebol encarado como demasiado conservador para a qualidade do plantel), os “rojiblancos” têm recuperado a competitividade. Engataram já 11 triunfos consecutivos no conjunto de todas as competições e seis apenas na Liga, o que lhes permitiu tirarem partido dos deslizes do Real Madrid (o último foi um 3-3 em casa do Rayo Vallecano) e colarem-se ao Barcelona no comando.
Como? Aproveitando uma benesse ainda maior dos “blaugrana”, que esta noite protagonizaram a surpresa da 17.ª jornada, ao perderem no Estádio Olímpico com o Leganés (0-1, com golo de Sergio González, logo aos 4′). Foram 20 remates contra seis e uma posse de bola esmagadora (80%), mas que não evitou a quarta derrota do Barça na Liga, contra apenas uma do Atlético.
No próximo sábado, haverá tira-teimas na Catalunha, já que a ronda seguinte do campeonato colocará frente a frente precisamente o Barcelona e o Atlético Madrid, ambos com 38 pontos somados. É verdade que os “colchoneros” não ganham em casa do rival na Liga desde a longínqua época de 2005-06, ainda Deco jogava em Camp Nou, mas chegarão ao clássico com a pressão toda do lado contrário do relvado.